SÉRIE DOCUMENTÁRIOS: É HOJE!!!
O cineclube da Fundação Cultural Badesc, em parceria com a Aliança Francesa, exibe na sexta-feira, dia 9, às 18h30, A dançarina de ébano (França, 2002), de Seydou Boro. Com 52 minutos de duração, o documentário aborda uma das maiores personalidades da dança de origem africana, Irène Tassembédo – nativa, como o diretor, de Burkina Fasso, onde o filme foi inteiramente rodado.
No audiovisual e na vida, Irène Tassembédo conduz à reflexão sobre um tema essencial: a questão do corpo, tanto em termos dos seus valores como do seu imaginário, e a concepção particular que ele assume para os dançarinos africanos confrontados com a aprendizagem da dança contemporânea ocidental. Irène Tassembédo reside na França há 20 anos. Em 1978, em Burkina Fasso, é selecionada para freqüentar a escola Mudra-África, fundada por Maurice Béjart em Dacar e dirigida por Germaine Acogny.
Ilustrando a sua trajetória com um grande número de entrevistas, sessões de trabalho e viagens, o filme evoca uma abordagem que parte de uma autêntica convicção: Irène Tassembédo considera que a dança africana deve situar-se em um mundo em evolução, mas sem virar as costas à sua própria gestualidade nem permanecer estagnada em um esquema tradicional geralmente associado ao folclore. Sua experiência abrange duas gerações de artistas e os seus questionamentos em relação à criação contemporânea e à miscigenação cultural.
O documentário apresenta ainda a dançarina Germaine Acogny – responsável pela escola à céu aberto no Senegal -, e contribui para a restauração de todo um segmento da história da dança, investigando os laços e as tensões existentes entre dois continentes e duas culturas. Seydou Boro, que durante um tempo trabalhou como intérprete com a coreógrafa Mathilde Monnier, é também coreógrafo e produtor. Atuou em
Keita! L’héritage du griot e é co-fundador, junto com Salia Sanou, da companhia de dança contemporânea Salia nï Seydou.
ONDE? Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no centro de Florianópolis.